‘Mar de Minas”, quem conhece a represa de Furnas que banha aquele estado, sabe do que estou falando. Iniciada em 1958, entrou em operação em 1963, banha 34 municípios com 1440 km quadrados e 3.500 km de perímetro.
Estes municípios, a fim de explorar turisticamente as transformações advindas da criação da represa, buscando a sustentabilidade econômica e a preservação ambiental dos municípios lindeiros banhados pelo lago, formaram a Associação dos Municípios do Lago de Furnas (ALAGO), da qual fazem parte Aguanil, Alfenas, Alpinópolis, Alterosa, Areado, Boa Esperança, Cabo Verde, Camacho, Campo Belo, Campo do Meio, Campos Gerais, Cana Verde, Candeias, Capitólio, Carmo do Rio Claro, Coqueiral, Cristais, Divisa Nova, Elói Mendes, Fama, Formiga,Guaranésia, Guapé,Guaxupé,,Ilicínea, Itapecerica, Lavras, Nepomuceno, Paraguaçu, Perdões, Pimenta,Ribeirão Vermelho, São João Batista do Glória, São José da Barra, Três Pontas e Varginha.
Bem vamos falar em pescaria. Partimos para nosso destino a 450 km de São Paulo no município de Carmo do Rio Claro, onde previamente havíamos alugado uma bela casa a beira do “paraíso”, digo represa de Furnas.
Nosso objetivo era pegar os belos Tucunarés que habitam aquelas águas, mas também não rara as vezes damos de encontro com as mal humoradas traíras que diga-se de passagem, dão um show de esportividade.
Logo cedo uma grande chuva veio nos acordar, aumentando a ansiedade e preocupação por ter a possibilidade de não podermos sair para pescar. Tão logo a chuva parou, por volta das nove horas, vieram ao nosso encontro nosso barcos com seus piloteiros. Pegamos carona com o Sr. Edvaldo que nos brindou com duas frases marcantes, que nos acompanhou por toda a pescaria; “ bão tamém né” e “vai tamém né”.
Lugar maravilhoso com estruturas esculpidas pela natureza e água azul cristalina que nos deixa ver as plantas que a água engoliu. Mas os bichinhos estavam manhosos e tivemos pouca ação nas iscas artificiais, cuja zaração nos rendeu apenas dois exemplares de tucunarés e uma traira.
Após uma almoço caseiro em um rancho a beira da represa, rapidamente embarcamos para explorar mais uma vez aquele lugar abençoado e utilizando como isca os ligeiros lambaris e conseguimos fisgar mas alguns exemplares.
Agradeço a Deus por ter me concedido a oportunidade de conhece esse lugar maravilhoso junto a companhia de meu filho que com os olhos como as águas da represa, brilhavam em um azul sem igual.
Mas o difícil é esquecer aquela voz que por várias vezes neste dia nos disse:
“Bão tamém né”
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